terça-feira, 10 de junho de 2014

Treinamento Corpo de Bombeiros

Os alunos do 4º semestre tiveram na última segunda feira (9) treinamento prático de imobilização e remoção adequada de vítimas de acidentes. 

O treinamento faz parte da disciplina de urgência e emergência e foi ministrado pelo soldado Vanio do Corpo de Bombeiros de Marechal Cândido Rondon.
 Os alunos puderam aprender e  praticar a seqüência sistemática de avaliação da vítima (Análise Primária e Secundária) e  as diversas técnicas que visam transportar qualquer vítima com segurança. A maioria das vítimas de trauma necessitará de algum tipo de imobilização e a totalidade necessitará de transporte. O objetivo da imobilização é a condução das vítimas à assistência especializada sem causar danos adicionais, principalmente no que diz respeito à coluna vertebral.

Abaixo, alguns momentos do treinamento:

Técnicas de manipulação
- Rolamento de 90º.
- Rolamento de 180º.
- Elevação a cavaleiro.
- Retirada de capacete.
- Imobilização de fraturas.


COLOCAÇÃO DE COLAR CERVICAL 

É importante que a vítima tenha sua cabeça e coluna cervical imobilizadas manualmente até que elas estejam fixadas em dispositivo próprio. Para imobilizar parcialmente a coluna cervical da vítima, emprega-se um dispositivo de resina resistente que envolve o seu pescoço como se fosse um colar. O colar cervical, isoladamente, não imobiliza o pescoço, apenas limita os movimentos de flexão. Utiliza-se então, o imobilizador lateral (bachal) ou fitas adesivas e rolos de pano para fixação na prancha longa. 
Técnicas de estabilização da coluna cervical e a colocação de colar cervical conforme o tamanho da pessoa (Vítima sentada)

Apoiar a cabeça da vítima para evitar movimentação (estabilização manual da coluna cervical) até a colocação do colar cervical




 ROLAMENTOS

São manobras que servem para colocar as vítimas sobre a tábua de transporte . O princípio básico dos rolamentos é a mobilização da vítima como um todo, em monobloco. Deve-se tomar cuidado especial com o alinhamento da coluna da vítima, em todos os seus segmentos.
Técnica para girar caso não haja respiração ou esteja com dificuldade de respirar - vítima encontrada em decúbito ventral

 Quando os rolamentos são realizados por três pessoas, por exemplo, uma delas fica responsável pelo controle cervical, a outra vai mover o ombro e o quadril (tronco), e a terceira fica responsável pelo quadril e pelas pernas da vítima, todas agindo em conjunto e mantendo o alinhamento. O rolamento a 90 graus permite que uma vítima em decúbito dorsal seja rolada para que se posicione a tábua de transporte sob a mesma; o rolamento a 180 graus permite que a vítima em decúbito ventral seja primeiramente rolada a 90 graus e depois seja colocada sobre a tábua de transporte.


Rolamento de 180 graus: empregado para vítimas encontradas em decúbito ventral

O socorrista posiciona ajoelhado atrás da cabeça da vítima e estabiliza a cabeça e pescoço. A prancha é posicionada no lado para qual a vítima será rolada. Os outros dois socorristas se posicionam ajoelhados sobre a prancha, no nível dos ombros e dos quadris. Os membros devem ser alinhados. Após comando verbal, é feito meio rolamento na direção da prancha, ficando a vítima de lado. Os dois socorristas saem da prancha ficando sobre o solo. Ao novo comando, completam o rolamento, deitando a vítima sobre a prancha. Coloca-se então, o colar cervical e completa-se a imobilização. 


Rolamento de 180 graus



Uma vez posicionada sobre a tábua, a vítima deve ser adequadamente fixada com tirantes.

ELEVAÇÃO DA VÍTIMA

A finalidade dessa manobra é erguer a vítima do solo, quando o rolamento não é possível, e colocá-la sobre a tábua de transporte. A elevação pode ser realizada por duas, três ou mais pessoas.
Elevação a Cavaleiro: indicada em vítimas encontradas em decúbito dorsal
Elevação a cavaleiro 

Indicada em locais estreitos. Um socorrista posiciona-se a cavaleiro nível dos ombros do paciente, estabilizando manualmente sua cabeça e seu pescoço. O colar cervical é aplicado por outro socorrista. Posiciona-se a prancha próximo aos pés da vítima, no sentido de orientação de seu corpo. Outro socorrista posiciona-se o cavaleiro sobre a vítima no nível do seu quadril e outro no nível dos pés. Promove então, alinhamento dos membros, no eixo do corpo e, ao comando, a pessoa é elevada em bloco, cerca de 20 cm. O socorrista próximo aos pés desliza a prancha por baixo do corpo da vítima. Mediante novo comando, o paciente é colocado sobre a prancha e devidamente fixado.




posicionamento da vítima na tábua de imobilização
Prancha Longa 

É o equipamento indicado para a remoção de vítimas encontradas em decúbito (deitadas). Eventualmente, pode ser utilizada como suporte secundário quando outros materiais são empregados. É feita de compensado naval ou resina resistente. Possui saliência para que o socorrista possa introduzir seus dedos e elevar a prancha, e sua espessura deve ter poucos centímetros para facilitar a colocação do paciente. Sua superfície deve ser lisa para facilitar o deslizamento da vítima. A maioria das pranchas encontradas no mercado suporta até 150 Kg. 

A vítima deve ser fixada na prancha por, pelo menos, três cintos (tirantes), que devem estar posicionados nos ombros, no quadril e acima dos joelhos. Após o ajuste do tronco e das pernas, fixa-se a cabeça. Só neste momento pode-se liberar a imobilização manual. 

As técnicas para colocação de pacientes na prancha longa devem respeitar a estabilização da coluna vertebral, movimentando a vítima em bloco. As mais utilizadas são as manobras de rolamento. 


Vítima posicionada na tabua de imobilização com cintos e imobilizador lateral de cabeça


Técnica de transporte de vítima na tábua usando 4 pessoas



 TÉCNICA DE RETIRADA DO CAPACETE:
A técnica consiste em retirar o capacete de um motociclista no local do acidente, e tem como objetivo remover corretamente o capacete, visando diminuir o  risco de lesão adicional, permitir a avaliação imediata das vias aéreas e da ventilação do paciente, e realizar a imobilização da coluna se indicado.
é necessário dois socorristas: um para estabilizar a cervical e outro para retirar cuidadosamente o capacete
 Durante o procedimento e após a remoção do capacete, o segundo profissional deve estar preparado para suportar o peso da cabeça do paciente, mantendo-a imóvel na posição inicial e realizar o alinhamento cervical, se indicado, para posteriormente colocar os coxins atrás da cabeça, mantendo-a em posição neutra alinhada, se disponível.
A estabilização manual é mantida até a colocação do colar cervical;
IMOBILIZAÇÃO DE EXTREMIDADES

Imobilização do braço na posição encontrada, com uma tala e bandagens 

imobilização de membros inferiores 

Imobilização de membro inferior  usando papelão e  bandagem triangular

Imobilização de membro inferior  usando papelão e  bandagem triangular


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